Do Brasil de Fato
PPP da moradia no centro de SP não vai privilegiar famílias de baixa renda
do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos
Em debate realizado na quinta-feira (23) no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), o subsecretário da Agência Paulista de Habitação Social, Reinaldo Iapequino, falou sobre a PPP (parceria público-privada) que o governo de São Paulo está implementando para a produção de moradias no centro da capital paulista, por meio da Casa Paulista, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Habitação. O programa visa construir 20 mil unidades habitacionais, com investimentos calculados em R$ 4,6 bilhões. Do total, R$ 1,6 bilhão viria do Governo do estado, R$ 400 milhões viriam da prefeitura de São Paulo e R$ 2,6 bilhões, da iniciativa privada - nesta última, porém, há recursos advindos do programa federal Minha Casa Minha Vida.
“Buscamos estimular a iniciativa privada já que o Estado sozinho não possui recursos necessários para um investimento deste porte. Desta forma, aproveitamos a grande oferta de capital existente ao mesmo tempo que regulamos a ocupação da cidade, uma vez que, se deixarmos apenas para o mercado regular, pode-se gerar um afastamento da população de menor poder aquisitivo do centro”, disse Iapequino.